Evolução das relações bilaterais entre o Brasil e o Chile desde a política “Convergência na Diversidade”

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Resumo

Este artigo argumenta que o Chile se tornou aliado do Brasil para promover da convergência entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico desde o lançamento da política “Convergência na Diversidade” (2014) até atualmente. Se demonstra como foram se moldando as percepções brasileiras sobre o Chile a partir da abordagem construtivista das Relações Internacionais e utilizando o process-tracing como um método de análise. As declarações e propostas brasileiras foram examinadas nas seguintes fontes: documentos oficiais dos governos brasileiros, atas das reuniões do Grupo Mercado Comum, Comunicado Conjunto dos Presidentes do Mercosul, telegramas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e declarações oficiais disponíveis nos sites oficiais do Brasil e do Chile. Os resultados indicam que a política de “Convergência na Diversidade” e os laços bilaterais com o Chile consolidaram a percepção do Brasil de que o Chile é seu aliado para promover a convergência entre os blocos e que esta percepção persistiu no tempo, apesar das mudanças de governo em ambos os países. Também se destaca que tais percepções tiveram impactos no fortalecimento dos laços bilaterais entre o Brasil e o Chile em outras áreas.

Palavras-chave:

Relações bilaterais Brasil e Chile, Convergência na Diversidade, Aliança do Pacífico, Mercosul, Prosul

Biografia do Autor

Julia de Souza Borba Gonçalves, Universidade de Brasília

Estudiante de Doctorado en Relaciones Internacionales de la Universidade de Brasília (UnB). Máster en Relaciones Internacionales por el Programa Interinstitucional de Postgrado en Relaciones Internacionales "San Tiago Dantas" (UNESP, UNICAMP, PUC-SP). Investigadora de la Red de Investigación en Política Exterior y Regionalismo (REPRI) y miembro de la Red Colombiana de Relaciones Internacionales (RedIntercol).